UFC 104 - Machida vs Shogun

sábado, 26 de setembro de 2009

O UFC 104 trará como principal luta da noite o embate cheio de adrenalina (e muita porrada) entre Lyoto Machida e Maurício Shogun Rua. Essa luta promete muito, uma vez que Machida é considerado o mais novo "Golden Boy" do MMA - e não é sem razão - e Shogun já foi campeão do Pride (para quem não se lembra, era o campeonato mais death metal do mundo), é muito forte e técnico e está em plena forma física.

Machida é em primeiro lugar, segundo seu pai, um karateca. Iniciado nas artes marciais desde criança por seu pai, o sensei Yoshizo Machida, o cara chegou à idade adulta com uma bagagem gigantesca de karatê, sumô e jiu-jitsu. Treinou muay thai ralando com os magrelinhos caneludos lá da Tailândia. Atualmente é o campeão do UFC (meio-pesado) e está pilhadão carregando o cinturão. Integra a equipe Nogueira, formada também por Minotauro, Anderson Silva e Jacaré.

Shogun é lutador de muay thai, com ótima base de jiu-jitsu.Quase todas as vitórias de sua carreira foram por nocaute. Era lutador do saudoso Pride, considerado o campeonato mais difícil e violento do MMA. Logo que chegou ao UFC em 2007, com a moral de campeão do Pride, sofreu uma derrota pro Forrest Griffin, teve uma série de lesões no joelho e sumiu do mapa. Voltou em 2009 nocauteando Mark Coleman no 3º round e patrolando Chuck Lidell no 1º (nocaute lindíssimo). Integra a equipe Universidade da Luta, depois de ter lutado a vida inteira pela Chute Boxe, de Wanderlei Silva.

Esse UFC será muito bom. Machida acostumou o público com sua técnica samurai, golpes rápidos, fortes e muita esquiva. Shogun é um muro de concreto que quer mostrar ao público que voltou pra ficar. É esperar para ver. A luta acontecerá dia 24 de Outubro e será transmitida no Brasil pelo Premiere Combate.



Vídeo promocional da luta




Fontes

A eficiência do Jiu Jitsu no MMA

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Extraído do site da Tatame, com foto de Eduardo Ferreira


Estrela da luta principal do Jungle Fight, que aconteceu no último sábado (19) em São Paulo, Sérgio Moraes não deu chances ao holandês Tommy Depret, mostrando o Jiu-Jitsu de campeão mundial e finalizando em menos de quatro minutos.


“Esse é o meu carro de ofício... No dia em que alguém bloquear eu vou precisar mostrar o que eu tenho em pé, mas por enquanto vamos lutando assim”, garante Serginho, que teve o apoio da torcida da Cohab. “Isso daí é muito bom, que pena que a gente tem que sair para lutar longe de casa, mas é bom os americanos sentirem essa pressão. Isso é maravilhoso, isso dá uma energia pra dez rounds se fosse preciso”, conta o faixa-preta, que vem de vitória no Bellator, nos Estados Unidos.


“Eu adoro lutar aqui, se eu pudesse só lutava aqui, mas por enquanto não dá. O esporte vem crescendo muito, nosso secretário de esporte está dando a oportunidade de mostrar que o MMA é um esporte que veio para ficar, mas por enquanto é lá fora que encontramos o verdadeiro valor”, disse, sonhando com mais oportunidades. “Estou treinando e fazendo o meu trabalho, estou sempre lutando. É trabalhar duro, se dedicar que Deus está olhando para você”.

História do Jiu Jitsu

segunda-feira, 21 de setembro de 2009









Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam. Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.


Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.

Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.
Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.

Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.